
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém, Pará, tem enfrentado desafios relacionados à segurança. Após episódios de protestos e tentativas de invasão às áreas de acesso restrito, a organização do evento e autoridades brasileiras reforçaram o esquema de proteção para garantir a integridade das delegações e participantes.

- Incidentes recentes:
- No dia 11 de novembro, cerca de 50 manifestantes tentaram entrar na Zona Azul, espaço reservado às negociações oficiais entre países. O confronto deixou dois seguranças feridos e levou a ONU a exigir medidas adicionais.
- A Zona Verde, destinada à sociedade civil, também registrou tumultos e atrasos na abertura dos portões, com filas e protestos de participantes que ficaram do lado de fora.
- Indígenas Munduruku realizaram manifestações em frente à entrada principal da conferência, cobrando maior participação nos debates climáticos.
- Medidas adotadas:
- Reforço na revista de mochilas e equipamentos eletrônicos, incluindo a obrigatoriedade de escaneamento de notebooks.
- Aumento do policiamento nos perímetros do Parque da Cidade e do Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, locais que concentram as atividades da COP30.
- Bloqueios e gradis adicionais foram instalados para controlar o fluxo de pessoas e evitar novas invasões.
- A Polícia Federal definiu um plano de segurança com três eixos principais: diplomacia, liberdade de expressão e logística amazônica. O objetivo é equilibrar a proteção das delegações internacionais com o direito de manifestação.
- Repercussões:
- O Ministério Público Federal abriu investigação sobre o impedimento de indígenas de acessar a Zona Verde, levantando críticas sobre a exclusão de comunidades tradicionais dos espaços oficiais.
- A ONU enviou uma carta ao governo brasileiro e ao governo do Pará cobrando garantias de segurança e apontando falhas estruturais.

Contexto e desafios
A COP30 é considerada histórica por ocorrer na Amazônia, região central nas discussões sobre mudanças climáticas. O evento reúne um número recorde de delegações internacionais, o que aumenta a complexidade logística e de segurança. O desafio das autoridades é assegurar a ordem sem comprometer o caráter democrático e participativo da conferência, especialmente diante das reivindicações de povos indígenas e movimentos sociais.







