
Na manhã desta terça-feira (18), a COP30 entrou em uma fase decisiva com a entrega do primeiro rascunho da decisão final, apresentado pela CEO da conferência, Ana Toni. O documento, elaborado ao longo de meses de consultas, agora orienta os negociadores rumo às conclusões que devem ser fechadas até o fim da cúpula em Belém.
O rascunho e sua importância
Segundo Ana Toni, o texto funciona como guia para avançar as negociações, permitindo que os países passem a discutir em um nível mais elaborado. Ela enfatizou que a presidência da COP30 tem conduzido o processo de forma “totalmente transparente” e que a evolução depende da disposição política das delegações.
O documento consolida temas críticos que vinham travando conferências anteriores, como:
- Financiamento climático
- Ambição nas NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas)
- Medidas comerciais unilaterais
- Transparência nos relatórios de emissões
Além disso, o rascunho inclui pontos estratégicos como o mapa do caminho para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, proposta impulsionada pelo governo brasileiro.
Adaptação e implementação
Ana Toni destacou que a COP30 marca uma virada para a fase de implementação das metas climáticas definidas desde o Acordo de Paris. Nesse contexto, o tema da adaptação ganha prioridade, especialmente para países em desenvolvimento, que enfrentam os maiores impactos da crise climática.
As negociações específicas sobre adaptação seguiram intensamente no dia anterior e continuam nesta terça-feira. O rascunho geral, segundo a CEO, atua como uma ponte entre diferentes trilhas de negociação, sem substituir os textos dedicados a cada tema, mas ajudando a articular consensos.
Clima de otimismo
Apesar da complexidade das tratativas, Ana Toni mantém um tom positivo:
“Sousempreotimista.Comoesforçocoletivo,esperamosentregarumaCOPquejáestásendomuitobonita—equepodeterminaraindamaisfortedoquecomeçou.”
Esse otimismo reflete a percepção de que há convergência entre os países para avançar em soluções conjuntas. A presidência brasileira, liderada por André Corrêa do Lago, também reforçou que o rascunho é uma “bússola” para destravar os principais impasses.
Próximos passos
O primeiro rascunho será debatido ao longo da semana, com previsão de novas versões até o encerramento da conferência, em 21 de novembro. A expectativa é que o texto final traga compromissos mais ambiciosos e mecanismos claros de implementação, consolidando a COP30 como um marco na transição para uma economia de baixo carbono.
👉 Em resumo, a entrega do rascunho da decisão final coloca a COP30 em seu momento mais crítico: a busca por consenso político para transformar promessas em ações concretas.






