Cleiton Sousa já havia sido condenado pela prática de feminicídio contra outra ex-companheira, estando atualmente na fase de execução da pena. Feminicídio aconteceu Pedra Lavrada, no Seridó da Paraíba. Antes da separação o casal residia na cidade de Parelhas, no Rio Grande do Norte
Reprodução/TV Paraíba
Cleiton Salustio de Sousa, suspeito de ter matado sua ex-companheira, Grazielle Maria Dantas Nunes, na frente do filho do casal, foi denunciado por feminicídio pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB). O crime ocorreu no dia 28 de janeiro, no município de Pedra Lavrada e o homem já tinha sido condenado por matar outra ex.
Conforme a denúncia, a vítima estava na casa da sua mãe, quando foi a um bar a pedido de uma vizinha. No caminho, Grazielle Nunes foi surpreendida por Cleiton, que iniciou uma discussão e, puxando-a por uma das mãos, começou a levá-la de volta para a casa contra a sua vontade. Ela então começou a gritar por socorro.
Ao chegar à residência, Cleiton sacou um revólver e mandou que todos entrassem dentro do imóvel. Estavam presentes o irmão, a mãe e o filho da vítima – de apenas 2 anos de idade, oriundo da união com o denunciado.
Ainda conforme o MPPB, a vítima se encostou na porta de entrada, momento em que o Cleiton colocou a arma de fogo na sua testa e efetuou disparo à queima-roupa, sem dar chances de defesa para Grazielle, além de ter cometido o crime na presença do filho e da mãe da vítima.
O casal estava separado desde dezembro. Antes da separação eles residiam na cidade de Parelhas, no Rio Grande do Norte.
O relacionamento do denunciado com a vítima era bastante conturbado, passando por vários términos e retornos, segundo o MPPB. Além disso, o homem nunca aceitou o fim definitivo da união, havendo diversos episódios de ameaças contra Grazielle Nunes.
Cleiton Sousa já havia sido condenado pela prática de feminicídio contra outra ex-companheira, estando atualmente na fase de execução da pena.
O crime aconteceu em 2011, no Rio Grande do Norte, e o MPPB explica que esse fato também demonstra a contumácia de Cleiton nos delitos de violência contra a mulher.
Conforme o promotor de Justiça de Picuí, Daniel Dal Pont, o denunciado ficou foragido por um tempo depois do crime contra Grazielle.
Segundo a Polícia Civil, ele foi encontrado na zona rural do município de Tenório, no Seridó do estado, e encontra-se, atualmente, na cadeia pública de Cubati.
Como denunciar
Denúncias de estupros, tentativas de feminicídios, feminicídios e outros tipos de violência contra a mulher podem ser feitas por meio de três telefones:
197 (Disque Denúncia da Polícia Civil)
180 (Central de Atendimento à Mulher)
190 (Disque Denúncia da Polícia Militar – em casos de emergência)
Além disso, na Paraíba o aplicativo SOS Mulher PB está disponível para celulares com sistemas operacionais Android e IOS e tem diversos recursos, como a denúncia via telefone pelo 180, por formulário e e-mail.
As informações são enviadas diretamente para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, que fica encarregado de providenciar as investigações.
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