As pichações no CT continham frases como “Fora Landim”, “Landim safado”, “Flamengo é do povão” e “SAF é o c**”, em resposta às recentes negociações do clube para adotar o modelo empresarial de gestão. Jorge Sampaoli, atual técnico do Flamengo, também é alvo de críticas e o mandatário, principal expoente de sua contratação e manutenção, é logo associado ao desempenho irregular do argentino, que ainda tem relação distante com os jogadores.
Os vídeos divulgados do protesto desta manhã mostram que não somente os muros foram pichados como também barreiras de proteção derrubadas. Elas haviam sido instaladas para reforçar a segurança dos jogadores no retorno aos treinos após a eliminação da Libertadores. Na última sexta-feira, Landim se reuniu com Marcos Braz, vice-presidente de futebol do clube, e o diretor executivo Bruno Spindel durante as atividades no CT. De momento, não há indícios de troca de comando.
Sampaoli chegou ao Flamengo em abril deste ano para substituir Vitor Pereira, que chegou após uma polêmica dispensa de Dorival Júnior, campeão da Copa do Brasil e da Libertadores de 2022. O português acumulou derrotas em finais e eliminações nos poucos meses que trabalhou e o argentino chegou como esperança de virar a chave na temporada, mas, apesar de um bom início, se vê no mesmo turbilhão.
Os problemas chegaram a um nível incontrolável com a agressão do preparador físico Pablo Hernandez, membro de sua comissão técnica, a Pedro depois da vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-MG pelo Campeonato Brasileiro. A neutralidade do técnico neste caso e a falta de posicionamento do Flamengo irritaram torcedores, e o próprio atacante, que chegou a “matar” um treino após a agressão, também foi alvo de críticas.
O clube tem pela frente um jogo contra o São Paulo pelo Brasileirão no próximo domingo e joga a vida na semifinal da Copa do Brasil contra o Grêmio na quarta-feira. Apesar de ter conquistado uma vantagem de 2 a 0 no jogo de ida, o “fantasma” da eliminação ronda a Gávea pela crise interna e irregularidade da equipe. Ficar de fora da final pode significar o fim da linha para Sampaoli, que deve ter respaldo ao menos até a partida decisiva.