
O juiz federal Eduardo Appio foi afastado preventivamente de suas funções na vara previdenciária do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A decisão ocorre no âmbito de um procedimento preliminar de investigação instaurado para apurar o envio de garrafas de champanhe à unidade onde o magistrado atua.
Em nota enviada à imprensa, a defesa de Appio afirmou que, “por se tratar de procedimento preliminar de investigação que tramita em segredo de justiça por força de lei, a defesa se manifestará exclusivamente nos autos e no prazo fixado pelo regimento interno do TRF4”.
Eduardo Appio ganhou notoriedade nacional ao assumir, em 2023, a 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos da Operação Lava Jato. Durante sua gestão, adotou decisões que contrariaram entendimentos anteriores da força-tarefa, como a liberação de dados sigilosos para advogados de defesa e a revisão de penas de condenados.
O magistrado já havia sido alvo de denúncias por supostas irregularidades administrativas e condutas controversas, o que levou o TRF-4 a instaurar uma correição extraordinária. O atual afastamento se soma a esse histórico, ampliando o escrutínio sobre sua atuação no Judiciário.
A investigação sobre o envio de champanhe ainda está em fase inicial, e não há confirmação oficial sobre o conteúdo das diligências ou possíveis desdobramentos. O caso segue sob segredo de justiça.







