
A China anunciou nesta sexta-feira (7) a suspensão da proibição de importação de carne de frango brasileira, medida que estava em vigor desde maio de 2025 após a confirmação de um surto de gripe aviária em uma granja comercial localizada em Montenegro, no Rio Grande do Sul. A decisão foi comunicada pela Administração Geral de Alfândegas da China, com efeito imediato, e representa um alívio para o setor avícola nacional.
Segundo o comunicado oficial, a revogação do embargo foi tomada “com base nos resultados da análise de risco”, após o Brasil ter declarado o controle do foco da doença ainda em junho, cumprindo os protocolos internacionais de segurança sanitária. A medida reabre o maior mercado consumidor de carne de frango brasileira, essencial para o desempenho das exportações do país.
O Brasil é atualmente o maior exportador mundial de carne de frango, com vendas que somaram cerca de US$ 10 bilhões em 2024, representando 35% do comércio global. A China, por sua vez, é o principal destino da carne de frango brasileira, respondendo por uma fatia significativa das exportações do setor.
Durante o período de embargo, o setor enfrentou desafios logísticos e comerciais, com redirecionamento de cargas para outros mercados e queda temporária na receita. A retomada das exportações para o país asiático deve impulsionar a recuperação do setor avícola, especialmente nos estados do Sul e Centro-Oeste, principais polos produtores.
Representantes da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) comemoraram a decisão e destacaram o trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura, autoridades sanitárias e o setor privado para garantir a transparência e segurança dos produtos brasileiros. “Essa retomada reforça a confiança internacional na qualidade da nossa produção e na eficiência dos protocolos sanitários adotados pelo Brasil”, afirmou o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
A expectativa agora é de que os embarques sejam retomados já nas próximas semanas, com impacto positivo na balança comercial e na geração de empregos no setor. A China também sinalizou que continuará monitorando os protocolos sanitários brasileiros, mantendo diálogo técnico com autoridades locais.