A França anunciou nesta semana que um grupo de 26 países está pronto para enviar tropas à Ucrânia como parte de uma força internacional de segurança, caso seja firmado um acordo de paz com a Rússia. A declaração foi feita pelo presidente francês Emmanuel Macron após uma cúpula realizada em Paris com líderes europeus e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Segundo Macron, os países envolvidos se comprometeram a atuar por terra, mar ou ar, com o objetivo de garantir a estabilidade e evitar novas agressões ao território ucraniano após o fim do conflito.
A iniciativa, chamada de “Coalizão dos Voluntários”, inclui nações como França, Reino Unido, Alemanha e Itália, embora os detalhes sobre o número de tropas e os tipos de contribuição ainda não tenham sido divulgados. A proposta não prevê presença militar em áreas de combate, mas sim em regiões estratégicas que estão sendo definidas para monitoramento e reconstrução. O presidente ucraniano classificou o apoio como uma vitória diplomática e afirmou que a presença internacional será essencial para consolidar a paz e impedir futuras ofensivas russas.
A reunião também contou com uma videoconferência com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que foi informado sobre os avanços da coalizão. Embora os Estados Unidos não tenham confirmado o envio de tropas, a expectativa é que o país contribua com apoio logístico e político. A Alemanha, por sua vez, condicionou sua participação militar à definição clara do papel dos Estados Unidos na operação.
A Rússia reagiu com firmeza à proposta. O presidente Vladimir Putin afirmou que qualquer força ocidental mobilizada na Ucrânia será considerada um “alvo legítimo” pelo Exército russo. Ele argumentou que a presença de tropas estrangeiras não favorece a paz duradoura e reiterou que a intensificação dos vínculos militares entre Kiev e o Ocidente é uma das causas fundamentais do conflito.
A proposta francesa representa um esforço coordenado para garantir que um eventual cessar-fogo não seja apenas simbólico, mas sustentado por mecanismos concretos de segurança. No entanto, o plano ainda precisa ser formalizado juridicamente e aprovado pelos parlamentos dos países envolvidos, o que pode levar semanas ou meses. Enquanto isso, os combates continuam intensos no leste e sul da Ucrânia, e o cenário diplomático permanece instável.





