Paraná inicia duplicação de 27,5 km da BR-277 entre Palmeira e Irati; obras devem ser concluídas em 2027
O Paraná deu início, nesta terça-feira (16), a mais uma etapa de modernização de sua malha rodoviária com o começo das obras de duplicação de 27,5 quilômetros da BR-277, nos municípios de Palmeira e Irati. O lançamento foi acompanhado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior e pela concessionária Via Araucária, responsável pelo Lote 1 do novo programa de concessões do Estado.
A intervenção é considerada estratégica para melhorar o fluxo logístico entre o Oeste e o Litoral paranaense, corredor por onde passa grande parte da produção agrícola e industrial do Estado.
Dois trechos simultâneos
A duplicação será executada em dois segmentos. O primeiro, em Palmeira — com pequeno trecho em Porto Amazonas — contempla 10,4 quilômetros entre os kms 164 e 175. O pacote inclui uma faixa adicional antes da praça de pedágio, uma nova ponte sobre o Rio dos Córregos e dois viadutos, localizados nos kms 164 e 172.
O segundo trecho, em Irati, terá 17,1 quilômetros duplicados, do km 249 ao km 266. Além das novas pistas, serão construídas vias marginais, um viaduto de acesso e retorno no km 249 e outros três viadutos nos kms 255, 257 e 261. As estruturas têm como objetivo reduzir colisões frontais e aumentar a fluidez do tráfego.
“Rodovia essencial para o desenvolvimento”, diz governador
Ratinho Junior destacou que a duplicação atende a uma demanda histórica e reforça o papel da BR-277 como eixo logístico nacional.
“É o início de uma grande duplicação de uma rodovia essencial, por onde escoa toda a produção do Oeste até o Porto de Paranaguá. Essa obra traz mais segurança, mobilidade e gera empregos”, afirmou.
O governador também lembrou que a duplicação impulsionou novos investimentos privados na região, como o aporte de R$ 100 milhões da Moageira Pet para ampliar sua produção em Irati.
Investimento de R$ 230 milhões e previsão de entrega em 2027
As equipes da Via Araucária já trabalham em supressão vegetal, drenagem e terraplenagem. O investimento total da concessionária é de R$ 230 milhões, com previsão de conclusão dos dois trechos em fevereiro de 2027.
O início das obras foi autorizado após a emissão da Licença de Instalação pelo Instituto Água e Terra (IAT), que estabelece as condicionantes ambientais para a execução do projeto.
Primeira etapa de um plano maior
Segundo o diretor-presidente da Via Araucária, Sérgio Santillán, a duplicação entre Palmeira e Irati é apenas o começo. A empresa é responsável pelo trecho até Prudentópolis, próximo ao Trevo do Relógio.
“Este é o primeiro trecho, mas há continuidade. Todas as obras deverão estar duplicadas até o final do sétimo ano da concessão”, afirmou.
Santillán também elogiou o modelo paranaense de concessões, que integra rodovias estaduais e federais em um único pacote.
BR-277 passará por transformação completa
Com mais de 700 quilômetros de extensão, a BR-277 liga Foz do Iguaçu ao Porto de Paranaguá e é um dos principais corredores logísticos do País. Apesar da importância, ainda possui longos trechos de pista simples.
A duplicação integral da rodovia — e triplicação na Serra do Mar — foi defendida pelo setor produtivo e incorporada ao novo modelo de concessões. Na última semana, a EPR Litoral Pioneiro anunciou a construção de 32 quilômetros de novas faixas entre Curitiba e São José dos Pinhais, com investimento de R$ 148 milhões.
“Obra sobre obra”, diz secretário
O secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, destacou que o Paraná vive um novo ciclo de investimentos rodoviários.
“Em pouco mais de um ano de contrato, estamos executando mais obras do que todo o contrato anterior fez em 24 anos. Agora é obra sobre obra, não para mais”, afirmou.
O secretário das Cidades, Guto Silva, ressaltou que a duplicação impulsiona o desenvolvimento urbano e econômico dos municípios.
“É uma infraestrutura capaz de transformar uma região. Irati e Palmeira já recebem investimentos urbanos que, somados à nova rodovia, criam condições para um polo de desenvolvimento no Centro-Sul do Estado”, disse.