O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, será ouvido pela CPI do Crime Organizado nesta quarta-feira (3), às 9h, em Brasília

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, será ouvido pela CPI do Crime Organizado nesta quarta-feira (3), às 9h, em Brasília. A sessão marca uma nova fase da comissão, que passa a escutar governadores e secretários de segurança pública para aprofundar as investigações sobre facções e milícias no país.

Contexto da CPI

  • A CPI do Crime Organizado foi instalada em 4 de novembro e terá 120 dias para concluir seus trabalhos.
  • O foco principal é investigar a atuação, expansão e funcionamento de facções criminosas e milícias, além de examinar estruturas de tomada de decisão e propor soluções legislativas.
  • A iniciativa surgiu após a megaoperação policial de 28 de outubro, nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais.

Oitiva de Cláudio Castro

  • Cláudio Castro (PL-RJ) será o primeiro governador a depor na CPI. Até agora, o colegiado havia ouvido apenas representantes das forças policiais, do sistema de Justiça e especialistas.
  • Também participará da sessão o secretário estadual de Segurança Pública do Rio, Victor César Carvalho dos Santos.
  • Outros 10 governadores e seus respectivos secretários foram convidados a prestar esclarecimentos.

Objetivos da Comissão

Segundo o relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), a presença das autoridades é essencial para:

  • Compreender estratégias de inteligência em curso;
  • Identificar dificuldades operacionais enfrentadas pelos estados;
  • Mapear gargalos no combate à lavagem de dinheiro;
  • Avaliar ações de cooperação entre estados e governo federal.

Repercussão e próximos passos

  • A segurança pública tornou-se um dos principais temas no Congresso após a repercussão da operação no Rio.
  • Projetos como o PL Antifacção ganharam força, e a CPI busca fornecer subsídios técnicos para aprimorar a legislação.
  • A expectativa é que os depoimentos dos governadores tragam informações estratégicas para enfrentar o avanço das facções e milícias, especialmente em estados mais afetados, como o Rio de Janeiro.

Conclusão

A oitiva de Cláudio Castro e de outros governadores marca um momento decisivo da CPI do Crime Organizado. O colegiado pretende transformar os relatos em propostas concretas de combate ao crime organizado, reforçando a cooperação federativa e o debate sobre segurança pública no Brasil.