
A greve dos professores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), iniciada em 22 de setembro de 2025, completa mais de dois meses sem perspectivas de solução. A paralisação atinge os oito campi da instituição e foi aprovada em assembleia da Associação dos Docentes da UEPB (Aduepb), após anos de insatisfação acumulada com a falta de cumprimento de direitos trabalhistas.
Principais reivindicações
Entre os pontos da pauta dos docentes estão:
- Pagamento retroativo das progressões funcionais, acumuladas ao longo dos últimos anos;
- Recomposição salarial de 22,97%, para compensar perdas inflacionárias;
- Convocação de novos concursos públicos para suprir a carência de professores;
- Respeito à Lei da Autonomia da UEPB, que garante independência administrativa e financeira à instituição.
Além disso, os professores denunciam atrasos nos pagamentos e redução do orçamento da universidade, fatores que agravaram a crise e motivaram a paralisação.
Tentativas de mediação
A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) tem buscado mediar o impasse. Sessões especiais foram convocadas para reunir representantes da Reitoria, do Governo do Estado e do comando de greve. No entanto, em encontros recentes, secretários estaduais e a reitora Célia Regina Diniz não compareceram, frustrando as expectativas de diálogo.
A deputada estadual Doutora Paula (PP) destacou, em plenário lotado de docentes e estudantes, que a mobilização representa um momento “ímpar para a democracia paraibana” e reforçou o compromisso da ALPB em apoiar a luta por direitos educacionais.
Impacto na comunidade acadêmica
Com a paralisação prolongada, milhares de estudantes permanecem sem aulas, e atividades de pesquisa e extensão estão suspensas. A ausência de propostas concretas por parte do Governo do Estado tem ampliado a insatisfação da categoria, que promete manter a greve até que haja avanços significativos nas negociações.
Próximos passos
O comando de greve da Aduepb aguarda novas rodadas de negociação com representantes do Governo e da Reitoria. Caso não haja acordo, a paralisação pode se estender ainda mais, comprometendo o calendário acadêmico de 2025 e aumentando a pressão sobre a gestão estadual.





