
O serviço aeromédico do Paraná, referência nacional, já realizou mais de 35 mil atendimentos desde sua criação em 2007 e se consolida como peça essencial no atendimento pré-hospitalar de urgência. Entre janeiro e outubro de 2025, foram 3.201 ocorrências, média de 10,56 por dia, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Atendimento ágil que salva vidas
O levantamento da Sesa mostra que, apenas em 2024, o serviço aeromédico contabilizou 3.932 atendimentos, e em 2023 bateu recorde histórico com 4.003 ocorrências. Desde sua implantação, em 2007, já foram 35.180 atendimentos, incluindo:
- Resgates de vítimas de acidentes
- Emergências clínicas como infarto e AVC
- Transporte de recém-nascidos em UTI
- Transporte aéreo de órgãos para transplante
O modelo paranaense é único no país por ser totalmente coordenado e executado para demandas de saúde, com acionamento feito por médicos reguladores do sistema de Urgência e Emergência.
Estrutura e bases operacionais
A frota atual conta com seis helicópteros e um avião, distribuídos em cinco bases estratégicas: Curitiba, Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa.
- Cada aeronave opera com piloto, médico e enfermeiro.
- Os voos têm raio de até 250 km e duração máxima de duas horas, garantindo ida e retorno sem reabastecimento.
- Durante o Verão Maior Paraná, uma aeronave extra é deslocada para Matinhos, reforçando o atendimento no Litoral.
Investimentos e inovação
O serviço é custeado integralmente pelo Governo do Estado.
- O contrato anual prevê até R$ 85,5 milhões para manutenção das aeronaves e equipes.
- O BPMOA recebeu R$ 16 milhões em 2025, além de R$ 4,5 milhões para custeio das equipes médicas do Samu.
- Desde 2020, o Estado adquiriu 1.561 ampolas de medicamento trombolítico para tratamento de infarto, com investimento superior a R$ 7 milhões.
- Há três anos, foi implantado o projeto de transfusão de sangue em voo, já beneficiando 50 pacientes em estado gravíssimo.
Depoimentos emocionantes
O coordenador Guilherme Zammar resume: “Ser aeromédico é transformar minutos que seriam fatais em tempo de vida”. Já o paciente José Marcos Francisco, de Curitiba, que sofreu fraturas na coluna cervical em Minas Gerais, destacou: “Eu poderia ter sido ignorado, mas fui trazido para casa e muito bem tratado”.
Legado e reconhecimento
Criado em 2007 com apenas um helicóptero da PRF, o serviço expandiu em 2014 e consolidou sua estrutura em 2018. Hoje, é considerado referência nacional pela quantidade de aeronaves, pela formação técnica das equipes e pela cobertura integral do território paranaense.
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, reforça: “O serviço é parte essencial do atendimento pré-hospitalar e leva assistência especializada imediata para quem mais precisa”.





